IA que vende: o novo parceiro criativo da Amazon e a fábrica de IA da Yum

O artigo explora como a inteligência artificial tem revolucionado o marketing em 2025, destacando o assistente criativo da Amazon Ads e a 'fábrica de IA' da Yum, que utilizam IA para otimizar campanhas e processos de redesign de sites, visando agilidade e eficiência nos resultados.

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IA que vende: o novo “parceiro criativo” da Amazon, a fábrica de IA da Yum e o boom do redesign de sites

Se 2024 consolidou a inteligência artificial como aceleradora de produtividade, 2025 está marcando a virada estratégica no marketing. Em um cenário de metas mais agressivas e times mais enxutos, duas frentes ganharam protagonismo: agentes conversacionais especializados que atuam como “parceiros criativos” nas campanhas e plataformas que redesenham websites em minutos com foco em conversão. Nesse contexto, vale olhar para três movimentos concretos: o novo assistente de criação da Amazon Ads, a “fábrica de IA” da Yum (dona de Taco Bell, KFC e Pizza Hut) e as ferramentas de redesign de sites orientadas a SEO e performance.

Mais do que modismos, essas iniciativas mostram um caminho prático: centralizar dados, criar ciclos rápidos de experimentação e usar IA para encurtar a distância entre ideia, execução e aprendizado. A seguir, organizo o que há de mais relevante, por que isso importa e como aplicar no seu time já nas próximas semanas.

O que está mudando no marketing com IA em 2025

  • Agentes de IA como coprodutores: a IA deixa de ser “apenas geradora de rascunhos” e passa a atuar em toda a jornada, do insight ao asset final, com governança de feedback a cada etapa.
  • Democratização criativa: recursos antes restritos às grandes marcas (planejamento, storyboards, vídeos multi-cena) ficam acessíveis a PMEs com custo marginal próximo de zero por variação.
  • Dados próprios no centro: o ativo competitivo é o first-party data estruturado e permissionado, nutrindo modelos que aprendem e melhoram continuamente.
  • Testar, aprender, escalar: marcas vencedoras operam como laboratórios, rodando muitos microtestes e reciclando aprendizados entre canais e unidades de negócio.

O “parceiro criativo” da Amazon Ads: um coprodutor dentro do seu ecossistema de mídia

A Amazon está expandindo sua suíte de IA generativa com um assistente conversacional posicionado como “parceiro criativo” para anunciantes. Em beta e disponível via Creative Studio, o agente atua do estudo de produto e público até a produção de assets finais de display e vídeo, que podem ser veiculados em Amazon DSP, Sponsored Display, Sponsored Brands e Sponsored Brand Video. O diferencial está na combinação entre o poder de nuvem, modelos de base robustos e insights de varejo da própria Amazon para embasar decisões criativas.

  • O que o agente faz: pesquisa de audiência, brainstorming de conceitos e slogans em diferentes tons, criação de storyboards, definição de trilhas e estilos de lifestyle, geração e refinamento de vídeos multi-cena e peças estáticas.
  • Como aprende: opera sobre fundações do Amazon Bedrock, com modelos como Amazon Nova e Anthropic Claude, e permite controles “granulares” de feedback a cada estágio para orientar o resultado ao brand book.
  • Para quem é: embora democratize recursos para PMEs (sem exigir formação em IA ou design), o beta também tem apoio de grandes players, com resultados citados por marcas de bens de consumo em suas rotinas de ideação e fluxo criativo.

Por que importa: a barreira de produção cai drasticamente. Em vez de semanas para um pacote de variações, o time consegue sair de hipóteses para execuções em horas, mantendo consistência e já preparado para rodar testes A/B na própria mídia da Amazon. O que muda na prática é a cadência: mais iterações, mais rápido, com menos custo e mais dados retroalimentando o próximo ciclo.

Como aproveitar o parceiro criativo da Amazon na prática

  • Prepare a base: otimize páginas de produto (título, bullets, A+ content) e organize provas sociais e UGC. A IA renderiza melhor quando o “estoque de insumos” está limpo e rico.
  • Prompts orientados a dados: alimente o agente com perfis de público, sazonalidades e objetivos claros (ex.: awareness vs. conversão). Peça 5 variações por segmento.
  • Storyboards e trilhas: co-crie narrativas curtas para CTV e retail media, validando mensagem e ritmo antes de renderizar vídeos.
  • Governança criativa: estabeleça critérios obrigatórios (tom, paleta, claims aprovados) e um fluxo de aprovação que inclua branding e jurídico.
  • Teste e mensure: rode variações no DSP com públicos distintos e otimize por CTR, VCR, CPA e ROAS. Documente aprendizados a cada sprint.

Yum e a “fábrica de IA”: como transformar dados em resultado de ponta a ponta

A Yum construiu um arcabouço de IA que já está supercarregando o marketing em marcas como Taco Bell, KFC e Pizza Hut. A base é o programa de dados de consumidor Red360, que centraliza mais de 140 milhões de nomes permissionados com histórico transacional. Com esse lastro, a empresa enviou 200 milhões de comunicações geradas por IA, atingindo até 5x mais eficácia que abordagens tradicionais em KPIs como frequência e retorno sobre o investimento em mídia.

Os resultados aparecem no negócio: a mistura digital da companhia alcançou 57% e, no caso de Taco Bell, foi de 41% no 2º trimestre de 2025, um recorde. O uso de IA impulsionou CRM e recomendações no app, avançando o sonho de falar 1:1 com relevância e escala.

  • Três pilares: interação com consumidores (comunicações e drive-thru), a suíte de software Byte (estoques, agendamento) e operações “acima da loja”.
  • Experimentação contínua: ciclos rápidos, aprendizados incorporados nos modelos e reaproveitamento do que funciona em todo o portfólio.
  • Make or buy: um filtro decide quando desenvolver interno ou parceirizar. Ex.: motor de upsell em quiosques feito in-house por rapidez e custo; já para e-mail/SMS, a marca optou por uma solução com aprendizado por reforço pronta no mercado.

O que você pode copiar hoje: trate dados próprios como ativo estratégico; crie um pipeline de experimentos com métricas claras; documente e compartilhe aprendizados; e seja pragmático sobre construir vs. integrar. Não se trata de “ser cool” com IA, mas de encaixá-la no motor de crescimento do negócio.

Redesign de sites com IA: do rascunho ao site novo em horas

Refazer um site antes levava semanas e consumia orçamento com times de design e desenvolvimento. Ferramentas de redesign com IA mudaram a regra do jogo: analisam o site atual, sugerem melhorias de UX/UI, geram novos layouts e visuais e aplicam as mudanças quase instantaneamente, com foco em conversão, velocidade e mobile.

  • Como funciona: você conecta o site, a IA avalia layout, conteúdo e desempenho, gera sugestões e, com um clique, aplica as atualizações.
  • Benefícios:
    • Tempo: minutos, não meses.
    • Custo: muito inferior a contratar uma agência completa.
    • Conversões: otimização de CTAs, formulários e funis.
    • Escala: múltiplas páginas redesenhadas de uma vez.
    • SEO e AIO: estrutura limpa, performance e conteúdo organizado favorecem busca e recomendação por assistentes de IA.

Ferramentas em destaque: plataformas focadas em redesign e melhoria contínua, soluções de construção rápida de sites por IA e editores com assistentes de design integrados. Se o objetivo é melhorar um site existente com velocidade e foco em performance, priorize ferramentas especializadas em redesign, não apenas criadores do zero.

Plano de 30-60-90 dias para começar com IA em marketing e site

  • 0–30 dias:
    • Audite dados próprios (CRM, e-commerce, apps) e classifique eventos-chave.
    • Organize seu inventário criativo (logos, paleta, fontes, claims aprovados, UGC).
    • Escolha dois casos de uso-piloto: geração de criativos para retail media e personalização de e-mails/SMS.
    • Prepare KPIs e linhas de base: CTR, VCR, CPA, ROAS, CR de páginas-chave.
  • 31–60 dias:
    • Integre o “parceiro criativo” ao fluxo de mídia e rode sprints de teste.
    • Implemente um piloto de personalização de CRM com aprendizado contínuo.
    • Execute um redesign guiado por IA nas páginas mais importantes.
    • Crie um playbook de prompts por objetivo (awareness, tráfego, conversão).
  • 61–90 dias:
    • Escale variações e automações que baterem meta por 3 sprints consecutivos.
    • Padronize uma cerimônia de aprendizado quinzenal (o que manter, o que matar, o que escalar).
    • Aprimore governança: revisão legal, brand safety, diretrizes de imagem e texto.
    • Revise decisões de build vs. buy para acelerar time-to-value.

Métricas que importam (e aceleram o aprendizado)

  • Criação e mídia: tempo de produção por asset, % de peças geradas por IA que superam o controle, CTR, VCR, CPC/CPM, CPA, ROAS.
  • CRM e personalização: frequência, ARPU, LTV, redução de churn, uplift por segmento, velocidade de aprendizado do modelo.
  • Redesign de site: Core Web Vitals, taxa de conversão por template, velocidade em mobile, engajamento em páginas de produto, visibilidade orgânica.

Riscos e como mitigar

  • Qualidade e “alucinações”: mantenha humano no loop nas etapas sensíveis (claims, ofertas, compliance).
  • Viés e representatividade: avalie variações criativas por grupos demográficos; ajuste prompts e guidelines.
  • Privacidade e dados: opere apenas com dados permissionados, documente bases legais e políticas de retenção.
  • Consistência de marca: bloqueie paletas, tipografias e voz; crie checklists de aprovação.
  • Dependência de plataforma: evite lock-in com arquitetura modular e exportação de aprendizados (playbooks, prompts, insights).

Conclusão: a hora de orquestrar IA é agora

O recado de 2025 é claro: marcas que combinam agentes criativos, dados próprios bem estruturados e redesign contínuo do digital criam um flywheel de crescimento difícil de copiar. O “parceiro criativo” acelera seu funil de mídia; a “fábrica de IA” organiza dados e experimentos que geram impacto mensurável; e o redesign assistido por IA remove atritos que custam conversão todos os dias. Comece pequeno, meça tudo e escale o que prova valor — repetidamente.

FAQ

  • O “parceiro criativo” da Amazon é pago?

    O recurso foi lançado em beta no Creative Studio e, conforme divulgado, sem custo adicional para anunciantes. A recomendação é habilitar e medir rapidamente ganhos de tempo e performance.

  • Como mensurar ROI de IA em criação?

    Compare sprints com e sem IA em tempo de produção, número de variações testadas e KPIs como CTR, VCR, CPA e ROAS. Registre aprendizados por público e peça, e avalie a taxa de “peças IA” que superam o controle.

  • Redesign com IA prejudica SEO?

    Pelo contrário, quando bem feito tende a melhorar velocidade, estrutura e UX, fatores que favorecem SEO. Garanta headings consistentes, conteúdo útil, Core Web Vitals em dia e mantenha redirecionamentos quando houver mudanças de URL.

  • PMEs conseguem usar essas soluções sem time técnico?

    Sim. As plataformas priorizam simplicidade e oferecem controles de feedback. O essencial é ter objetivos claros, materiais de marca organizados e rotina de teste e aprendizado.

  • Construir internamente ou contratar parceiros de IA?

    Use um filtro simples: existe tecnologia pronta melhor do que conseguiríamos em casa? Há algo único que justifique construir? Quem faz mais rápido e barato com segurança? Muitas vezes a melhor resposta é um mix.

E você, por onde pretende começar: co-criação de assets com o “parceiro criativo”, personalização de CRM no estilo “fábrica de IA” ou um redesign inteligente do seu site? Conte nos comentários qual iniciativa traria mais impacto imediato para o seu negócio.

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