Meta Ray-Ban Display: os óculos com IA e tela que prometem uma nova era

Durante o Meta Connect 2025, Mark Zuckerberg apresentou os Meta Ray-Ban Display, óculos inteligentes com tela embutida e controle via pulseira EMG, prometendo interações rápidas e discretas no dia a dia.

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Meta Ray-Ban Display: os óculos com IA e tela que prometem inaugurar uma nova era

Durante o Meta Connect 2025, Mark Zuckerberg apresentou os Meta Ray-Ban Display, a evolução mais ambiciosa da empresa em óculos inteligentes. O pacote traz duas inovações centrais: uma tela colorida de alta resolução embutida na lente direita, que aparece apenas quando você quer, e o Meta Neural Band, uma pulseira EMG que traduz movimentos sutis dos dedos em comandos. É uma proposta diferente de “colocar um smartphone no rosto”. A ideia é permitir interações rápidas, contextuais e discretas que mantêm você presente no mundo físico — sem quebrar o fluxo do seu dia.

O que foi anunciado no Connect 2025

O novo modelo chega para expandir a linha de óculos com IA da Meta e inaugura a categoria de “Display AI glasses”, entre as já existentes “Camera AI glasses” (como os Ray-Ban Meta) e as ambicionadas “AR glasses” (como o protótipo Orion). O foco aqui é um display útil e sob demanda, aliado a um método de controle realmente natural.

  • Preço e lançamento: a partir de US$ 799, incluindo óculos e Meta Neural Band.
  • Disponibilidade inicial: a partir de 30 de setembro nos EUA (Best Buy, LensCrafters, Sunglass Hut, Ray-Ban Stores; com lojas da Verizon em seguida). Expansão para Canadá, França, Itália e Reino Unido prevista para o início de 2026.
  • Cores: Black e Sand, com estojo de carregamento dobrável.
  • Lentes: Transitions, para uso dentro e fora de casa, de dia e à noite.

Uma tela “lá quando você quer, invisível quando não quer”

O display monocular fica no canto da lente direita, fora do caminho da sua visão, e foi pensado para interações curtas. É full color, com resolução de 600 x 600 pixels, campo de visão de 20 graus e brilho que vai de 30 a 5.000 nits. Em outras palavras: dá para enxergar conteúdos em diferentes condições de luz, com vazamento de imagem mínimo para quem está ao seu redor. A experiência lembra um “menu pop-up” que aparece no seu olhar quando necessário: consultar mensagens, ver um mapa, pré-visualizar fotos, acompanhar instruções passo a passo do Meta AI e muito mais — sem tirar o celular do bolso.

Como as lentes são Transitions, o conforto visual melhora ao ar livre: conforme a luz ambiente muda, a visibilidade do display também tende a ficar mais confortável. E, por ser discreto e não ocupar todo o campo de visão, você permanece atento ao ambiente (algo essencial para caminhar, conversar ou atravessar a rua com segurança).

Meta Neural Band: controle por EMG que parece mágica

Todo novo “computador pessoal” pede uma nova forma de interação. Aqui entra o Meta Neural Band, uma pulseira baseada em EMG (eletromiografia) que lê os sinais musculares do seu pulso para transformar microgestos em comandos. Sem telas, sem botões e, em muitos casos, sem nem levantar a mão. Você pode controlar os óculos com a mão ao lado do corpo, debaixo da mesa ou atrás das costas, de forma silenciosa e discreta.

Segundo a Meta, o Neural Band é fruto de anos de pesquisa com eletromiografia de superfície e testes com um grande número de participantes, o que ajuda o dispositivo a “funcionar de primeira” com a maioria das pessoas e se traduz em benefícios de acessibilidade para quem possui mobilidade reduzida ou tremores. A pulseira é leve, feita com material resistente como o Vectran, tem bateria de até 18 horas, resistência à água IPX7 e vem em três tamanhos.

  • Gestos principais: pinçar o indicador para selecionar; pinçar o médio para voltar.
  • Atalhos úteis: dois pinçamentos com o dedo médio ligam/desligam o display; deslizar o polegar (com a mão em punho lateral) navega por menus.
  • Gestos analógicos: pinçar e girar o punho aumenta/diminui volume ou controla o zoom na câmera.
  • Escrita à mão (previsto): trace letras em qualquer superfície para responder mensagens de forma discreta, com sugestões de texto para agilizar.

O que dá para fazer: do dia a dia social à produtividade

Adicionar o display e o Neural Band abre um leque de experiências realmente úteis, mantendo a proposta de “olhos levantados” da geração anterior dos Ray-Ban Meta. Entre os destaques:

  • Meta AI com visuais: além de ouvir respostas, você instruções passo a passo e cartões informativos no display. Ideal para seguir receitas, montar móveis ou explorar obras em um museu sem precisar ficar com o telefone na mão.
  • Mensagens e videochamadas: visualize textos curtos e mídias do WhatsApp, Messenger, Instagram e do seu telefone direto nas lentes, e atenda chamadas de vídeo com visão em primeira pessoa para quem está do outro lado.
  • Pré-visualização e zoom da câmera: enquadre melhor suas fotos e vídeos com um visor em tempo real e controle de zoom, reduzindo erros comuns de ângulo e cortes.
  • Navegação a pé: direções passo a passo e mapa visual no display, em beta inicial para cidades selecionadas, para você não se perder enquanto continua olhando o caminho.
  • Legendas ao vivo e tradução: a tela pode exibir legendas de quem está falando com você e traduções seletivas em tempo real, apoiadas por um conjunto de microfones que ajudam a focar a pessoa certa e minimizar crosstalk.
  • Música e controle multimídia: veja a faixa atual, troque músicas com gestos e ajuste o volume girando discretamente o punho.

Design, conforto e especificações

Os Meta Ray-Ban Display têm um visual de óculos de sol “estilão Wayfarer”, porém mais encorpado para acomodar a tecnologia sem perder o conforto de uso diário. O peso fica em 69 g, com hastes de abertura estendida para rostos mais largos e ponte nasal com ajuste pensado para encaixe universal — evitando escorregões e apertos.

  • Tela: 600 x 600 px, campo de visão de 20°, até 5.000 nits (90 Hz para interface, 30 Hz para conteúdo).
  • Câmera: 12 MP com zoom de 3x; fotos em 3024 x 4032; vídeos em 1080p a 30 fps.
  • Áudio e microfones: alto-falantes e matriz multidirecional de microfones para chamadas e recursos de IA.
  • Bateria (óculos): até 6 horas de uso misto; estojo dobrável com cerca de 30 horas totais.
  • Bateria (Neural Band): até 18 horas; resistência à água IPX7.
  • Resistência (óculos): IPX4, suficiente para respingos e suor.
  • Lentes: Transitions com suporte a grau aproximado de -4,00 a +4,00.
  • Armazenamento: 32 GB, capaz de guardar até ~1.000 fotos e ~100 vídeos de 30 s.
  • Cores: Black e Sand, com cases e pulseiras combinando.

Onde eles se encaixam no panorama dos wearables

A Meta agora fala em três categorias: óculos com câmera e IA (Ray-Ban, Oakley e futuras parcerias), óculos com display (o caso dos Ray-Ban Display) e óculos de realidade aumentada (o protótipo Orion, ainda distante do consumidor). Os Meta Ray-Ban Display não pretendem ser AR total; em vez disso, miram em utilidade imediata com um formato leve, estiloso e mais acessível que um headset. Ao mesmo tempo, a empresa busca vantagem ao “chegar primeiro” com um produto real, enquanto rivais como Google e Apple podem aparecer no futuro com integrações profundas aos seus ecossistemas. Para o usuário, o resultado prático é uma experiência que funciona como uma extensão pop-up do smartphone, sem monopolizar atenção.

Privacidade, etiqueta e acessibilidade

Uma pergunta inevitável: como manter a etiqueta social com outra tela ao alcance dos olhos? O display foi desenhado para ser discreto para terceiros, com baixíssimo vazamento visual. Ainda assim, quando você olha para ele, a outra pessoa pode perceber que sua atenção foi desviada. A boa prática é simples: avise quando estiver usando recursos de câmera, prefira legendas e comandos silenciosos em ambientes onde a fala possa incomodar, e evite interações em situações que exijam atenção total (como dirigir).

Por outro lado, o potencial de acessibilidade é enorme: controle por microgestos, legendas ao vivo e traduções podem ampliar a autonomia de pessoas com deficiências motoras ou auditivas. É aqui que a proposta “tecnologia que mantém você presente” mostra seu melhor lado — conectando sem isolar.

Preço, compra e disponibilidade

Os Meta Ray-Ban Display custam US$ 799, já com o Meta Neural Band incluso. A venda começa nos EUA em 30 de setembro, em varejistas selecionados como Best Buy, LensCrafters, Sunglass Hut e lojas Ray-Ban, com chegada a lojas da Verizon após o lançamento. A Meta planeja expandir a disponibilidade para Canadá, França, Itália e Reino Unido no início de 2026. É possível agendar um teste presencial para experimentar, ajustar o tamanho da pulseira e escolher o melhor encaixe do óculos.

Vale a pena?

Se você buscava um motivo concreto para apostar em óculos inteligentes, este é o produto mais convincente até agora: um display útil e discreto, controle natural por EMG, recursos de IA relevantes e um design que passa no “teste do espelho”. Não é realidade aumentada completa, e não pretende ser. É, sim, a primeira versão madura de um acompanhante do smartphone que funciona sem roubar a cena. Para perfis que valorizam praticidade, mobilidade e acessibilidade, a proposta faz muito sentido — especialmente se você já se sentiu limitado por ter que tirar o celular do bolso para cada microtarefa.

FAQ

O Meta Ray-Ban Display é realidade aumentada (AR)?

Não. O Display é monocular e aparece sob demanda na lente direita, como um painel flutuante para apps, mensagens, mapas e instruções. AR “plena” (como no protótipo Orion) envolve sobrepor hologramas maiores ao mundo, o que estes óculos não fazem.

Qual é a autonomia real e como funciona o carregamento?

Os óculos entregam até 6 horas de uso misto. O estojo dobrável adiciona cargas extras, chegando a cerca de 30 horas totais. O Meta Neural Band tem até 18 horas de bateria. Ambos foram pensados para atravessar um dia cheio sem drama, com recargas rápidas no case.

Eles são resistentes à água?

Sim. Os óculos possuem IPX4 (respingo, suor, chuva leve) e o Meta Neural Band tem IPX7 (imersão breve). Não são feitos para natação ou mergulho, mas aguentam bem o cotidiano.

Posso usar lentes de grau?

Sim. As lentes Transitions suportam prescrições aproximadas de -4,00 a +4,00, permitindo personalização para quem precisa de correção visual.

Quais recursos de acessibilidade se destacam?

Três pontos: microgestos por EMG (úteis para quem tem mobilidade reduzida ou tremores), legendas ao vivo e traduções diretamente na linha de visão e interações discretas que evitam depender de voz ou grandes movimentos.

E você, usaria os Meta Ray-Ban Display no dia a dia? Em quais situações eles mais ajudariam na sua rotina? Conte nos comentários!

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Alex Vargas FNO